terça-feira, 20 de outubro de 2009

Avaliação do mês de Setembro

Relatório sobre o mês de Setembro

O início do mês se deu com o filme “Vermelho como o Céu”. O filme me fez pensar a respeito da deficiência, do que é considerado como “padrão normal” para o nosso país, segundo os decretos 3298 e 5296, em que o Brasil considera como deficiente a pessoa em que está fora dos padrões da normalidade do ser humano. Sendo assim, questiono: em que se mede a normalidade? Em que consiste? Vejo que a criação destes no país é uma tentativa de incluir pessoas portadoras de deficiências, mas se falamos em incluir, automaticamente nós excluímos, pois autoridades pensam por elas e as julgam como fora da normalidade do ser humano. Isto não fica muito longe da visão do diretor da escola em que Mirco estudava, uma vez que ao querer incluir os deficientes visuais na sociedade, os inibe e os impedem de desenvolver suas criatividades e deixar para eles o poder de escolha do que querem ser no futuro. Esta atitude do diretor fica muito clara ao proibir os alunos de desenvolverem a rádio novela e ao expulsar da escola Mirco, aquele quem iniciou esta ideia. Sendo assim, fica claro que o poder da autoridade, tanto do diretor da escola quanto das nossas leis, legitima a verdade para sempre, como Larrosa nos mostra no texto “Agamenon e seu porqueiro”.
Após o filme, foi discutido em sala de aula o texto do Sívio Gallo. O texto foi muito proveitoso, uma vez que pude esclarecer melhor termos como interdisciplinar e transversalidade que acabam sendo generalizados por nós. A metáfora da árvore e do rizoma foi de bom proveito para uma melhor exemplificação disto.
Logo em seguida, tivemos uma aula com a presença da Gláucia Figueiredo, a respeito da identidade da pedagogia. A conversa foi muito proveitosa para todos nós, pois eu nunca havia chegado a uma conclusão a respeito da identidade da pedagogia e apenas pensava como um “aglomerado de várias disciplinas que dão suporte à pedagogia”. O conceito de identidade nômade fez total sentido e me acrescentou muito a respeito do que tenho estudado e o que quero com a minha graduação em Pedagogia.
Tivemos a leitura e discussão do texto de Jorge Larrosa Bondía também, sobre a experiência. A experiência é caracterizada como o que nos passa, o que nos acontece e o que nos toca. Entretanto, ela é anulada por causa de opiniões, falta de tempo, excesso de trabalho. Todos nós temos, mas há vários fatores que a anulam. Para isso, o que devemos fazer para manter viva a experiência é um gesto de interrupção, ou seja, pararmos para olhar, para analisar, pensar, refletir. Acho que posso levar isso para a vida pessoal, pois quantas vezes nós deixamos despercebido um fato, uma experiência por causa de opiniões diferentes, e principalmente, falta de tempo. Creio eu que deixamos de viver e realmente sentir a vida, se não pararmos um pouco. Concordo com o autor quando diz que o sujeito da experiência é um sujeito EX-POSTO, uma vez que nossa maneira de expormos com todas as coisas fazem com que corramos risco e sejamos vulneráveis. Agindo assim, iremos adquirir experiência.

Um comentário:

  1. Você conseguiu retirar das possibilidades que lhe foram oferecidas pelas aulas muitos conhecimentos, que certamente farão com que você compreenda melhor o que é ensinar e qual é o importante papel que temos de exercer, como professores.
    Fico feliz com isso.
    Profa. Maria Teresa

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