quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Agamenon e seu porqueiro (discussão em aula)

• Dicotomia: o que é verdade e o que é real?

• Há diferença entre o ser da verdade [“verdade é verdade”; “preciso aceitar porque é verdade”; “somos realistas”] e o dizer a verdade [a verdade das posições distintas de força, de poder; somos vencidos, mas não (con)vencidos]

• Há discursos rivais ocultos/ocultados que reforçam o poder da verdade do “maior”.

• Verdade: depende de quem fala, de quem tem mais poder.

• Romper com a “verdade” exige grandes esforços, por isso que são poucos que se dispões a isso. (Ex.: Escola da Ponte, “Fala Maria Favela”)

• Verdade como jogo de poderes. (contribuição de Foucault)

• A globalização e por conseqüência o numero de informações circulantes, aumenta o número de possibilidades de interpretações, o que acarreta a não identificação de uma delas como a “verdade”.

• A pluralização do pensamento sobre a realidade possibilita a libertação do próprio princípio de realidade e da ditadura do mundo verdadeiro.

• Isso se reflete em emancipação política.

• A indústria cultural pode padronizar consciências, mas a divulgação do pensamento único pode também despertar a impossibilidade do pensamento totalitário e levar à multiplicidade de interpretações e à consideração do mundo real como fábula!

• A linguagem como experimentação do mundo desmonta a realidade (torna-se interpretação dominante) e a verdade (torna-se ficção).

• Acreditar em uma verdade ou uma realidade única é uma questão de fé, de crença, é uma “fala em nome de”.

• A verdade se declina no plural: verdadeS.

• Implicações na educação: ampliar a consciência, saber que as coisas são questionáveis, importante é pensar sobre, refletir, não concordar ou discordar.

• Um objetivo para a educação: ensinar um ser que não se deixe enganar.

Um comentário:

  1. Isso mesmo, Camila e demais alunos do grupo. A Pedagogia das diferenças é a Pedagogia das transgressões, que rompe os limites, questiona o conservadorismo da escola e se sustenta pelos argumentos emancipados dos que a compreendera. As verdades são construções efêmeras, que negam a submissão do conhecimento a qualquer força de poder.
    Maria Teresa

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