quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Perfil Nômade do Pedagogo

Temos visto a luta de braço na nossa formação, que, entre outras coisas, oscila entre o pedagogo pesquisador e o docente. Há um desejo enorme de identidade e falta-nos clareza de que o pedagogo não é uma coisa ou outra, mas ambas e principalmente muito mais ainda.
E a educação não pode ser entendida apenas a partir de um ponto de vista "migrante", em que necessariamente se abandona um ponto para levar a outro, como nos ensinou a Profa. Gláucia ontem. Quando nos aproximamos de uma postura nômade, o deslocamento se dá via intensividade, em maneiras de nos afectarmos uns aos outros, colocando o pensamento em movimento... Por isso a experimentação é importante, pois é um conceito que remete à criação, a estratégias que funcionam como resistência à eterna repetição do mesmo.
Tentemos nos lembrar de que o fenômeno ensino-aprendizagem tem a ver com identidades fixas de quem ensina e de quem aprende, e tem um sentido fortemente conteudista. Já aprendizar e ensinagem funcionam remetendo a um processo acontecimental, que valoriza o todo muito mais que acontece nas interações da sala de aula.
Por motivos pessoais, eu me emocionei bastante ontem, mas queria lembrar que é mesmo emocionante ver alguém falar de educação com paixão e realmente o meu coração bate mais forte vendo um grupo de gente inteligente e interessada discutindo a pedagogia de dentro, com envolvimento. Vocês me animam a seguir rizomando!

3 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

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  2. Ainda estou sob efeito da aula de ontem, com uma vontade enorme de estudar Deleuze e com alguma coragem de experimentar, desejar experiências.
    Foi uma aula-poesia.

    Gláucia (aluna da EP200B)

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  3. foi realmente uma renovação de esperança, muito interessante mesmo!

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