domingo, 13 de setembro de 2009

Vermelho como o céu

Dentre os pontos que podem ser levantados no filme, o que mais me chamou a atenção foi que para o garoto a maior dificuldade a ser superada não era a 'diferença' física em relação as outras pessoas, mas a diferença de pensamento. O menino é inovador, criativo, não se adequa aos padrões impostos e isso encomoda. Percebe-se, no filme, que na sociedade em que vivemos o mais difícil não é não enxergar, mas "enxergar" as coisas de um modo diferente do habitual, daquilo que nos é imposto. Na escola em que Mirco estudava, diferentemente do vemos em Sobre a lição, o diretor não permitia que os alunos escrevessem nos 'espaços em branco', não era permitido criar em cima do que estava sendo proposto. Mirco procurava cumprir a lição ao seu modo, diferente, ousado, criativo, mas isso não era permitido. Não havia liberdade. No filme questiona-se o papel da escola, que deveria ser a grande incentivadora da busca de novos saberes, de novas formas de descoberta, do desenvolvimento de habilidades, mas que muitas vezes, em oposição, limita os saberes e os recursos para obtê-los.

Um comentário:

  1. Dri, concordo plenamente com o que você disse, só acrescentaria outra visão de que os padrões impostos são as "verdades" enraizadas e questioná-las, ir além, requer muito esforço, por isso é difícil "enxergar as coisas de um modo diferente do habitual". Quando alguém ousa trazer outra verdade é reprimido, como aconteceu com Mirco, muitas resistências surgem. Com isso você me fez também parar para pensar na escola, qual o objetivo dela? o que ela está fazendo?

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